Há uma sensação, bem conhecida entre estudantes de astrologia, de que quando começamos a descortinar o universo astrológico ficamos impactados pela vastidão dessa área de conhecimento. Sentimo-nos pequenos. Se tivermos coragem e não batermos em retirada, sentimos que colocamos os pés numa estrada infinita.
Nessa área – e na área espiritual em geral – nunca vamos nos sentir prontos, ou que sabemos tudo. Precisamos nos dispor a movimentar o pouco que já aprendemos em passos pequenos, mesmo estando longe de saber tanto assim. Afinal, quem é que se pode dizer especialista em vida? Em universo? Em autoconhecimento?
Uma excelente seleção de três primeiros pontos de apoio para começar a explorar o vasto campo da astrologia pessoal são os signos do Sol, da Lua e do Ascendente. Na literatura internacional, são comumente chamados de “the big three”, ou os três grandes. Não porque sejam os mais importantes, mas porque frequentemente são os mais fáceis de perceber na personalidade. São como a carta de identidade astrológica que empunhamos nessa vida. Reúnem o básico, mas é claro que não chegam a contar nem um décimo da nossa real história. Somos complexos, lembra? Nossa composição astrológica também.
Um mini detour pelos conceitos de signo, constelação e zodíaco
O signo solar é aquele que quase todos conhecemos. Ele até pode ser diferente do que imaginamos dependendo da tradição astrológica de que se fala. Mas aqui nesta página vamos trabalhar sempre no contexto da astrologia ocidental e moderna, então os signos são aqueles que estão já bem incorporados à nossa cultura.
Um conceito importante para entender os signos é o do Círculo do Zodíaco. Ele é uma representação do plano de fundo de estrelas que fica “atrás” da trajetória elíptica que os corpos celestes do nosso sistema solar aparentam fazer ao redor da Terra.
Se de um ponto geográfico qualquer na Terra olharmos para o céu estrelado, poderemos ver os planetas, o próprio sol e a lua, em aparente movimento em relação ao nosso ponto de observação. Esses mesmos planetas também parecem mover-se, da nossa perspectiva, contra um painel de estrelas “fixas”, mais distantes. Digo que parecem porque na realidade, tudo está em movimento ao mesmo tempo no universo, inclusive nós aqui na Terra.
Estas estrelas ditas fixas se organizam em constelações, que dão nome aos signos. Cada signo do zodíaco é representado por um símbolo:
Áries ♈︎ , Touro ♉︎, Gêmeos ♊︎, Câncer ♋︎, Leão ♌︎, Virgem ♍︎, Libra ♎︎, Escorpião ♏︎, Sagitário ♐︎, Capricórnio ♑︎, Aquário ♒︎, e Peixes ♓︎.
E, na tradição astrológica, cada um desses signos está associado a qualidades conscienciais específicas que influenciam a manifestação da vida na Terra.
O mapa astrológico representa, de forma simbólica e energética, o movimento dos corpos celestes tais como observados da Terra em relação às constelações do Zodíaco.
Assim, em astrologia, dizer que uma pessoa tem o Sol em Aquário significa basicamente que no momento do seu nascimento, e do ponto de vista da Terra, o sol estava posicionado no céu em alinhamento com a energia do signo representado pela constelação de Aquário. Dizer que alguém tem a Lua em Sagitário significa que a lua estava alinhada ao signo de Sagitário. E o Ascendente é um ponto cardeal que marca o signo que estava despontando no horizonte leste do observador terreno no momento e local daquele nascimento.
O mapa astrológico natal é uma anotação da posição de cada astro mapeável relativamente à Terra e às estrelas, bem como dos aspectos geométricos formado entre estas posições. É uma “foto” da geometria cósmica que se configurava no momento em que você iniciou uma nova encarnação na Terra. E essa geometria revela muito sobre quem você é.
Sol, Lua e Ascendente
Agora, vamos falar do significado espiritual de três posicionamentos fundamentais no mapa de alguém: O Sol, a Lua e o Ascendente.
O Sol representa o propósito consciente de nossa vida e é a identidade central do espírito encarnado. É como um princípio essencial que dá o tom geral da nossa consciência. O Sol é o centro de comando das órbitas e energiza todo o nosso sistema solar, por isso tem importância central no nosso mapa. O Sol revela o nosso poder pessoal, nossos talentos, nossa expressão individual e irradiação energética fundamental. Também informa sobre a capacidade de liderança e conexão, nossa vivacidade natural e radiância criativa. O Sol é a nossa luz pessoal.
A Lua representa as nossas emoções, o nosso subconsciente e os nossos hábitos diários. Está ligada à energia feminina e representa a maternidade, a criança interior, o cuidado e a nutrição de outros. Guarda informações sobre o nosso passado e karma. Através do posicionamento da Lua podemos saber como alguém navega emocionalmente a vida; o que a faz se sentir emocionalmente segura (ou insegura), nutrida e realizada. Guarda a chave para a estabilidade emocional.
O Ascendente representa uma energia muito importante, conectada à intenção evolutiva do espírito encarnado. Em algumas escolas de astrologia o ascendente é considerado mais importante até mesmo que o signo solar. É através do Ascendente que aspiramos a desenvolver aspectos específicos da nossa personalidade, e para tal, apresentamo-nos ao mundo e vivemos as nossas experiências mais imediatas através desta identidade. O Ascendente rege até mesmo a nossa aparência física e a impressão automática que causamos nas outras pessoas. É também a forma como reagimos espontaneamente a situações e pessoas novas. É a forma com que projetamos a nossa “vibe” para o mundo exterior, informando tanto como os outros nos vêem como a nossa identidade encarnatória pessoal.
O signo com que cada um desses pontos está alinhado no mapa natal de alguém revela a qualidade com que essas características se manifestam na pessoa. A maioria das pessoas já conhece o seu signo solar, mas não o seu signo lunar, nem o seu ascendente.
Uma informação de fácil acesso
Se ainda não sabe quais são os seus “três grandes” signos astrológicos e quer descobrir, há muitos sites que geram o mapa natal de forma gratuita e que incluem essas informações e muitas outras. O astro.com é o mais conhecido deles, e recomendado por astrólogos do mundo todo. Você vai precisar saber o seu dia, local e hora precisa de nascimento. Quem não sabe exatamente a sua hora de nascimento – uma situação ainda bastante comum – pode conhecer alguns posicionamentos astrológicos pessoais, mas não todos, pois alguns deles são dependentes dessa informação (o Ascendente é um exemplo).
Se tiver dificuldade ou dúvida, pode me contatar por direct no Instagram que te ajudo a obter essa informação básica de forma gratuita. Saber quais são os “três grandes” do seu mapa astral já te permite iniciar as descobertas pessoais para além do signo solar.
É um exercício fascinante reconhecer a luz dos astros em nossa arquitetura interna.
Um abraço cósmico,
Samantha.